sexta-feira, 28 de março de 2014


Mirtilo vira cosmético em Itá


Uma pequena indústria de cosméticos do Oeste do Estado aproveitou a produção de mirtilo em Itá, um dos poucos municípios catarinenses que cultiva a planta, para desenvolver produtos à base desta fruta.

 

O mirtilo, começou a ser cultivado nos anos 2000 na Serra Catarinense e em Itá. No ano passado, foram cultivadas cerca de 45 toneladas do produto no Estado, o que responde por cerca de um terço da produção nacional.

No muncipio de Itá, um hotel vende mudas da planta e uma sorveteria tem a novidade no sabor. Diante disso, a farmacêutica Vânia Maria Stumpf, dona da Cálida Indústria e Comércio de Cosméticos, desenvolveu produtos com o extrato da fruta. O mirtilo tem substâncias chamadas antocianinas, que são boas para a circulação.
— Além disso, é um produto daqui, e como Itá é uma cidade turística, os cosméticos são mais um atrativo — explica Vânia.

Metade da fabricação da empresa é comercializada para turistas. A produção iniciou em 2006 e atualmente está em 400 frascos por mês. O crescimento é de 10% ao ano.
Primeiro foram lançados o sabonete líquido, sais espumantes e loção hidratante para o corpo. Em 2011, foram criados o desodorante e o creme para as mãos. Neste ano, será lançado o creme para os pés.

 
Vânia Stumpf diz que hoje a produção esta em 400 frascos por mês.

A empresa está recebendo consultoria do Sebrae e pretende expandir suas vendas, que ainda estão concentradas em SC e no RS. Assim como o mirtilo é conhecido como a fruta da longevidade, Vânia espera que sua produção também tenha vida longa e seja mais um produto catarinense a conquistar o país. Atualmente, o Brasil produz 150 toneladas da fruta por safra, numa área de 150 hectares, segundo dados da Embrapa de Pelotas (RS). A instituição foi a responsável pela implantação das primeiras mudas no Brasil, em 1983.

O mirtilo é uma planta que gosta de frio inferior a 7,2 graus. Por isso, o cultivo preferencial é na Serra. Em Itá, a lavoura foi implantada próxima ao lago da cidade, onde existe um microclima mais frio à noite.

No início da safra, a indústria vende o quilo de mirtilo por R$ 45 e, no auge da produção, o preço cai para R$ 20. O principal mercado é São Paulo e as capitais dos três estados do Sul. A produção de SC também já foi exportada para a Holanda.

Atualmente, o Brasil produz mais de 150 toneladas do produto por safra, numa área de 150 hectares, segundo dados da Embrapa. A safra ocorre entre outubro e janeiro no Hemisfério Sul.

FONTE: Darci Debona | darci.debona@diario.com.br -DIÁRIO CATARINENSE
http://wp.clicrbs.com.br/chapeco/2012/09/10/mirtilo-vira-cosmetico-em-ita/

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